Isso daqui é mais um daqueles momentos que fazem valer toda essa minha loucura de tirar foto de tudo quanto é carro minimamente interessante que eu vejo na rua:
Estava eu caminhando pra minha aula na faculdade, o sol nem tinha terminado de nascer ainda, e eu me deparo com esse esplendor. Dois mil e vinte e dois, e alguém está usando um Fusquinha 66 exatamente como se ele fosse só mais um carro usado. E como se não bastasse o uso diário, ainda é o carro que leva seu proprietário pra pescar.
Considerando que é um carro usado pra trabalho, é incrível o nível geral de originalidade do carrinho. Não teve aquele "pacote" de atualizações que costumava-se fazer ao longo das décadas com os Fusquinhas de uso. Carroceria de vigia pequeno (portanto, 1ª série de 1966), frisos em volta dos vidros, para-choques originais, rodas originais de cinco furos, trinco original da tampa do motor em "T". Algumas peças pintadas de preto, como para-choques, rodas e calotas (acessórios vendidos em auto-peças nas décadas seguintes). Tem acessórios como faróis "Tremendão", moldura cromada da placa traseira, e retrovisores externos genéricos de plástico. Faltam frisos nas laterais e nos estribos. O interior tem bancos mais modernos com encosto de cabeça, volante esportivo menor, rádio atual, e tranca de corrente no volante. Dá pra ver um isopor e um balde, certamente usados na atividade pesqueira.
Não sei exatamente por quê, mas essa configuração geral me encantou mesmo. Pintura fosquinha, sem muito luxo, detalhes pretos, calotinhas de plástico, uso normal. Melhor que isso, só estando de frente pro sol nascendo mesmo!
Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.
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