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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carro do Leitor - VW Karmann-Ghia "Mankinho" 1964

Como em tantos casos, a história desse carro do leitor é emocionante! Primeiro, as fotos do KG, que fica na sala. Isso mesmo, na sala! Acho maneiríssima, essa ideia. Dá um charme sem igual ao cômodo. As fotos e, posteriormente, a história detalhada!









"Bom, vou contar a história de uma paixão à primeira vista!

Em 1982, ou começo de 83, estava com 18 anos e vi na casa de meu nono uma revista Quatro Rodas com a reportagem de capa sobre o Cobra Glaspac, foi amor à primeira vista, mas era um sonho impossível.

Aquelas formas arredondadas não saíam de minha cabeça, mas alguns dias depois, em uma festa dos anos 60, vi estacionado na frente do salão um Karmann-Ghia champanhe, ao olhar o carrinho foi uma paixão imediata, uma espécie de sublimação de um desejo, pois quem não tem cobra caça com Karmann-Ghia!

Fizemos até uma foto ao lado do carro e, conversando com o dono, soube que ele venderia.

Aí começa a busca pelo dinheiro. Tinha 3 nonos e 3 nonas todos vivos, é que como o tio do meu pai não tinha filhos ele foi morar junto e foi criado como tal, aliás foi na casa deste tio/nono que vi a revista. O pai de minha mãe, de quem eu era neto único, era onde eu corria fazer os empréstimos (a casa em que moro foi presente dele quando casei, mas depois de uma bela reforma). Falei:

- Nono, o Senhor empresta dinheiro para eu comprar um carro?

- Empresto, mas qual carro é?

- Um Karmann-Ghia.

- Xiiiiiiii!!!!!!!!!

Aí acabou o diálogo Ele nunca gostou de carro velho, pois tinha sofrido muito com os ônibus que dirigiu, Fords 32 entre outros, aliás ele tinha um Chevette 82 que vendeu em 2000 mais ou menos, pois começou a dar uns problemas por rodar pouco.

Bom, minha outra solução foi o tio de meu pai, pois o meu nono verdadeiro nunca me ajudou em nada: tinha me escolhido pra ser o padre da família, título que declinei de imediato!

Imagina minha alegria quando ele aceitou fazer o empréstimo!

Dinheiro na mão, fui com um primo e um amigo mecânico ver o Karmann, aquele domingo foi inesquecível.

Pelo valor, ele estava bom. Saímos todos felizes com meu carro novo.

Chegando em casa deixo o meu primo dar uma volta com ele e fico apreciando "MEU" carro, o primeiro que compro com "Meu" dinheiro, mesmo que emprestado e sem juros.

Quando ele saiu, achei o nome perfeito pra ele! "Mankinho", pois a roda traseira esquerda estava torta e mancava, e ficou "Mankinho" com K de Karmann.

O dia era chuvoso, aquela chuva "molha-trouxa", que vai volta, fica garoando, mas nada tirava nossa alegria. E fomos os 3 caçar na reserva ecológica de Mombuca, cidade próxima daqui, onde só tinha homens feios, então tínhamos mais chances.

Eu ao volante, meu primo de passageiro e o Assalin, mecânico, no banco (?) de trás.

Uma certa hora, como o tempo estava um pouco frio, meu primo pede pra eu fechar o vidro, e respondo que não vinha do vidro e sim do buraco do assoalho, o vento.

Bom, foram tantas aventuras que só elas dariam um livro, então vou contar só as mais marcantes!

E sem dúvida depois de todas as reformas que fizemos, eu fiz funilaria e pintei ele 2 vezes, restaurei algumas peças que ainda estão nele e depois termino este assunto.

Bom, com ele conheci minha esposa, saíamos em uma estrada que liga Capivari á Monte Mor em noites de trovoadas ver os raios pelo teto solar do carro. Aliás como entra água nestes carros, conheci pessoas que tiveram eles 0Km e reclamavam deste detalhe.

O Mankinho já era parte da família, e em 1984 fui com ele a Piracicaba junto com o nono do empréstimo fazer minha primeira compra de materiais pra eletrônica que iria abrir, ele veio de pernas abertas, mas veio valente, aliás ele nunca me deixou na mão, mesmo quando era 6V.

O tempo foi passando, as responsabilidades aumentando e em 1988 tiramos um Chevette 0Km, daí comecei a sair menos com ele. Mas o golpe foi depois do casamento, ele foi colocado em um barracão onde tinha eletrônica, e estava vazio depois da mudança ao prédio novo. Em 1994 compro uma chácara em São Pedro e não ficava mais os finais de semana aqui e no ano seguinte, 1995, aparece uma troca de um terreno que havia comprado, já que casei na mesma cidade, por uma casinha.

Feito o negócio em janeiro, a comemoração deve ter sido tão boa que o Leandro nasceria em setembro. Brincadeira, ele veio do alto da Serra onde tinha a chácara.

Filho vindo, pensei: "nunca mais vou ter tempo pra cuidar do Mankinho", até que um grande amigo me procura e pergunta sobre um que ele viu no jornal, e ofereço o Mankinho a ele.

Negócio feito em junho de 1995.

Bom, o arrependimento não demora muito a chegar. Depois de alguns anos, em 2001, o
anticocus ferruginosus começa a coçar de novo e bate a saudade.

Acabei comprando um CBT Javali, o "Frank", de "Frankenstein". Mas faltava um Karmann, que saí à procura, achei um muito ruim e caro. Tinha um amigo de São Pedro que era funileiro procurando um carro "estranho" pra gente, pois a Luci também sentia falta dele. Fui ver com ele um Gordini que estava desmontado, mas excelente e fecharia negócio se o pai deste meu amigo aceitasse a empreitada de terminar o carro. O Lê não gostou nada da ideia do Gordini.

Ao comentar com um amigo que tinha uma sorveteria lá em São Pedro, o filho falou que estavam vendendo uma Puma conversível branca um pouco acima dali, mas disse que não teria dinheiro para tal pois há uns 6 meses já tinha comprado o Frank.

Mas a curiosidade matou o gato e fomos ver.

Ela estava muito boa e já me preparava pra saber que não poderia comprá-la.

Quando ele falou o preço fiz cara de espanto e o dono falou que poderíamos negociar: o que achei que estava barato saiu mais barato ainda.

Íamos sair pra experimentar, mas na hora o céu desaba. Sou muito ansioso e foi duro esperar o domingo, uma noite nunca tinha demorado tanto pra passar.

Assim a Kiki vem pra casa.

Mas na época da novela "Senhora do Destino", que tinha o Galaxie 500 branco, a coceira começou de novo, e não é que depois de muito procurar o cara do sorveteria me arruma o Azulão (Landau 83)?

Depois de comprá-lo, o Carlão pede se eu não o ajudaria a vender o Mankinho. Puts, deu desespero, pois nunca tinha comprado nenhum item de coleção de Karmamm Ghia de tanto que eu e a Luci sofríamos a falta dele.

Mas foi alarme falso e o Carlão desistiu.

Mas passados mais uns 2 anos ele bota à venda mesmo e para recomprar teria que raspar o tacho ou vender a Kiki e o Frank, pois o Azulão o Lê e a Luci nem cogitavam.

Foi em um evento do Galleria em Campinas que os meus amigos do Galaxie Clube me convenceram a recomprar o Mankinho, chegando de lá fiz uma proposta de parcelamento ao Carlão que o aceitou e depois de 11 anos e 13 dias o Mankinho estava de volta à familia.

Quando fomos buscá-lo a Luci não conseguia segurar a ansiedade e a felicidade, e olha que ele estava a 3 metros de casa, no outro lado do quarteirão aqui em frente, na casa que fica ao lado da que meu nono morava.

Foi como rever um antigo amigo, uns reparos que eu fiz no quebra-sol estavam lá ainda, de cor diferente mas com minhas digitais ainda.

Hj o Lê não cabe mais atrás dele, mas passeamos muito com ele e a Kiki.

Cada um dos carros tem sua personalidade, mas outro dia eu conto!"

Depois de tanta história, nem tenho o que falar!

As fotos são do Portuga Tavares, o KG e o texto que conta a história são do Luiz Quibão Jr.!

Rafard - SP.

19 comentários:

  1. Fernanda Alvarenga Lopes (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:02

    LINDOOOOOO!!!!!!

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  2. Junior Quibao (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:04

    Muito obrigado pela matéria!

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  3. Eu que agradeço pelas fotos e pela bela história!

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  4. Diego Luis Fernandes (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:29

    gosto disto e uma beleza senhores , e um karmann ghia dos primeiros que sacaron na produçao de wolfsburg nao e o brasileiro igual de bom , pero isto e uma peça unica que existio e va a seguir existindo por muitos anis mas

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  5. Junior Quibao (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:30

    No Quadro ao lado da porta temos uma 4 rodas numero um que bolamos esta moldura, pois era uma pena deixar o presente que ganhei do Eduardo Toledo em uma gaveta

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  6. Orlando Fredigotto Jr. (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:36

    Sensacional.Tudo perfeito.

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  7. Junior Quibao (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:38

    Obrigado Orlando e Diego!

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  8. Orlando Fredigotto Jr. (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:41

    Verdade seja dita...Parabéns!

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  9. Junior Quibao (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:46

    A pintura, eletricidade e marcenaria, foram feitas por mim e minha esposa a porta que vc ve ficava na frente do Mankinho, tiramos e passamos ela ondde está agoram mas alvenaria eu mandei fazer. Só que fiquei em cima foram 3 fim de semanas que um pedreiro veio, o bom é que a Luci, minha esposa, embaca junto!

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  10. Orlando Fredigotto Jr. (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:46

    Amigo,simplesmente plausível de elogios.Não há o que dizer...Sem exageros,é magnífico,muito lindo mesmo.

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  11. Junior Quibao (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:48

    São sonhos que realizamos, mesmo sem muitas posses, são prioridades que damos á nossas vidas. Meu carro de uso diario é uma Royale 94, que está um pouco judiada, mas como disse prioridades! hehehhehe

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  12. Orlando Fredigotto Jr. (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:50

    Eu também acho o Ford "Versailles" Royale um lindo carro.Mas novamente parabenizo pela decoração,vamos dizer assim e pelo todo em si que está retratado..Show.

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  13. Junior Quibao (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:55

    A Funeraria, nome da Royalepois tds meus carros tem nome, está pedindo um carinho, coitada, mas a aparencia fica pra depois.

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  14. Leonardo Grando (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:55

    Parabéns pelo manquinho.... Muito lindo!

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  15. Orlando Fredigotto Jr. (via facebook)23 de fevereiro de 2012 às 22:56

    Aos poucos o senhor vai conseguindo as coisas.É só esperar que tudo vai "ocorrendo" da maneira que queremos.

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  16. Carlos Rivarola (via facebook)24 de fevereiro de 2012 às 02:42

    bello !!!!

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  17. Gosto muito de ver carros que tem uma história. Essa sua é bastante interessante e mostra realmente o amor que se dedica à um objeto (Tal/qual o Herby) que passa a fazer parte da família. Parabéns. Uma perguntinha: O Mankinho nâo é com "k"? Favor retificarem a almofada. rs.

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  18. Lauro MH (via facebook)26 de fevereiro de 2012 às 13:53

    Dentro de casa???? rsrs meu sonhoo!!...rs

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  19. irado o carro dentro d casa mas aff q estoria chata hahhaha

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