Segui a caminhada e passei por mais um Fusca amarelo simpático de uso:
Só que esse é 1300. Tá com aparência de Fusca reformado nos anos 90. Repintado em um amarelo de outro tom, juntamente com os para-choques, vidros remontados só com as borrachas e sem os frisos, retrovisores externos de plástico, faróis de milha menores, rodas de reposição fora da tonalidade e calotas pretas de plástico, bancos com encosto de cabeça, forrações de porta de mercado paralelo, rádio com frente destacável e alto-falantes na tampa feita pro "chiqueirinho". Como eu costumo dizer, sem frufrus, enfeites ou penduricalhos exagerados. O conjunto da ópera é típico dessa época e me trouxe nostalgia imediatamente. Alguns detalhes originais continuam lá, como a capa dos piscas dianteiros na cor da carroceria e os acabamentos internos como aro da buzina, moldura do velocímetro e do medidor de combustível pintados de cinza e não cromados, era de praxe substituir. A moldura de placa de metal, comum nos anos setenta, foi mantida lá também.
Mas pra mim a cereja do bolo foi o fato de terem mantido a plaqueta na tampa do motor, provavelmente da concessionária onde foi faturado zero-quilômetro, "Pimenta", da cidade de Alfenas/MG, e os adesivos no vidro traseiro: um deles do estacionamento privativo da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e o outro da retífica "Recamovo", velha conhecida dos cariocas que viveram sua época, com PABX de sete dígitos e endereço com nome antigo "Av. Suburbana". Mais nostálgico, impossível!
Outro ponto a ser levantado são os três estados diferentes por onde passou: a plaquetinha diz que ele possivelmente começou sua vida em Alfenas/MG, a tarjeta nas placas entrega sua passagem por São Sebastião/SP, e o local em que foi visto já é um terceiro estado diferente!
Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.
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