Essa garagem podia ser um estande de um evento de carros antigos:
Cadillac
Galaxie
Esse Cadillac é um veículo de inquestionável beleza e que tem muita história nas costas. Um clássico, com todas as letras e todo o garbo que merece. Quanto ao Galaxie, é um belíssimo carro, em estado de conservação primoroso, mas que acaba sendo ofuscado pela rara beleza desse Caddy que repousa ao seu lado!
Só pra exemplificar, o primeiro Cadillac zero a ser comprado por Elvis Presley foi um Cadillac Eldorado 1956, seu primeiro carro customizado também. Carro que, aliás, passou por poucas e boas e quase desapareceu.
Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.
Se quiserem ver melhores fotos dos dois clássicos aí de cima, deem uma olhada nesse outro post!
Aproveito a deixa pra lhes apresentar uma interessante e curiosa história. Vale a pena ler, sobretudo quem gosta do carro e do cantor:
ELVIS PRESLEY - O PRIMEIRO CADILLAC A GENTE NUNCA ESQUECE
Em 12 de junho de 1956, Elvis e sua namorada June Juanico entraram no showroom da Southern Motors, revendedor Cadillac de Memphis. Tinha 21 anos de idade e já estava começando a ganhar dinheiro com a música. Da mesma forma que sua carreira começava a brilhar, ele tentava realizar seus sonhos de infância.
Perguntou ao vendedor se poderia fazer um test drive de um Eldorado conversível branco que estava no showroom. O vendedor olhou aquele jovem de calça jeans, costeletas e topete e não só negou o pedido do cantor, como também o convidou a se retirar da loja. Obviamente nunca tinha ouvido falar de Elvis Presley. Saindo da loja, o enfurecido Elvis encontrou um garoto lavando carros e perguntou: “Quanto você ganha fazendo isso?”, e o menino respondeu: “Três dólares por semana, senhor”. Elvis o pegou pela mão, voltou para dentro da loja e chamou o gerente. “Vou comprar este Cadillac e pagar em dinheiro e à vista, mas a comissão da venda é deste garoto, não daquele vendedor mal educado”. Com certeza o tal vendedor nunca mais esqueceu o nome Elvis Presley.
COR DE UVA
O carro era branco de interior preto, e dias depois Elvis o levou a Jimmy Sanders, de Memphis, conhecido customizador local. Espremeu um cacho de uvas sobre o capô e disse: “Quero que você o pinte dessa cor”. E assim foi feito. O Cadillac foi pintado de roxo metálico, o revestimento dos bancos foi trocado por couro branco, ganhou carpete roxo com as iniciais “EP” adornadas por uma guitarra e duas notas musicais bordadas. Este bordado também foi feito nos bancos. Além disso, recebeu escapamentos laterais e suspensão um pouco mais baixa. Assim, o primeiro Cadillac customizado de Elvis ficou pronto.
Logo o cantor enjoou do carro, que apresentava seguidos problemas mecânicos, e o vendeu em 23 de dezembro de 1957. O carro foi comprado por uma fã, Lena Moskovitz, também de Memphis, por US$ 4,893. Lena casou-se pela segunda vez com Digger O´Dell Smith e mudou-se para Phoenix, no Alabama. Lá, montou uma mercearia e ficou anos e anos com o Cadillac sempre estacionado à porta.
Durante quinze anos, muitas pessoas tentaram comprar o carro, alguns provavelmente a mando de Elvis, mas ela sempre recusou qualquer oferta. Lena morreu em 1974 e Digger mudou-se para College Park, na Georgia. O carro ficou abandonado no tempo e se deteriorou.
Em 31 de julho de 1976, um ano e alguns dias antes da morte de Elvis, o carro foi vendido num leilão de fundo de quintal, onde foi comprado por James Cantrell, de Columbus, Georgia, por -acredite - míseros US$ 975. No dia seguinte, alguém ofereceu US$ 10,000 por ele, mas James não vendeu. Gastou US$ 28,000 para restaurá-lo, e pretendia ir a Memphis mostrar o carro para Elvis. Só que o cantor faleceu antes.
O Cadillac ficou em exibição em Tupelo, Mississippi, cidade onde Elvis nasceu e depois viajou pelos Estados Unidos durante dois anos. Descansou dez anos num museu do Canadá e hoje está emprestado, por tempo indeterminado, para o “Elvis Presley Automobile Museum”, que fica em frente a Graceland. Orgulhoso, está em estado de zero quilômetro, absolutamente impecável. Elvis certamente iria adorar ter reencontrado seu Cadillac.
Excelente texto extraído desse excelente blog "To be Alive".