Fiquei mais de dez anos sem ver esse carro, e vira e mexe me lembrava dele:
A última vez que havia visto e fotografado tinha sido em 2013. De uns anos pra cá, vinha lembrando dele com bastante frequência, enquanto imaginava qual poderia ser seu paradeiro. Tive uma pista porque um familiar meu mora na mesma rua onde eu sempre via o carro, em frente de sua casa. Se bem me lembro, ele me disse que o único dono do carro tinha falecido, e que ainda estaria ali na garagem, mas há muitos anos parado.
Daí nesse ano eu voltei a vê-lo andando, e da primeira vez quase tive um treco. Voltei a ver outras vezes, não conseguia tirar boas fotos, e esperava encontrar um dia o Fusquinha parado. Aconteceu, e eu troquei uma ideia com o atual proprietário, filho do antigo único dono, e fiquei mais tranquilo de saber "onde o carro tinha ido parar". Desde então, passar por mim quase que diariamente.
No geral, continua praticamente do mesmo jeito. Rodinhas originais pintadas de grafite, boa parte da pintura ainda é original, e os retoques são antigos, o que deixa esse aspecto maravilhoso de uso diário, que me transporta imediatamente pra décadas atrás. Tá sem o friso que pega a porta do motorista, não tem mais o adesivo da Ararajuba da Petrobras no vigia, mas o da Michelin, belíssimo, continua colado no vidro lateral traseiro esquerdo. No interior, ainda tem os bancos originais, sendo que foi retirada a capa dos da frente. A capa do volante também saiu. Permaneceu o rádio no painel e os diversos patuás que adornavam seu entorno. O banco traseiro ainda tá com as belas e antigas capas. Como eu já falei ali em cima, cada vez que vejo passar esse Fusquinha 70 azul Diamante, é um passeio que eu dou pelos anos 70 dentro da minha cabeça. Sem frufrus, do jeito que se via antigamente.
Aqui foi a primeira vez que deu pra eu fazer uma fotinho dele, depois de tantos anos sem ver:
Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.








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