Passo muito por esse prédio, mas demorei muitos anos prá notar no que tinha lá dentro. Na verdade, quem me alertou foi meu pai! Daí, ontem eu fui lá fazer o registro:
Prá minha felicidade, quando eu cheguei no portão do prédio, chamei até descobrir que o dono do carro tava logo ali, na garagem. Pedi prá fazer as fotos e acabou que elas foram só um detalhe. Bati um papo muito interessante de uns 20 minutos com o simpático e receptivo proprietário, que me contou toda a história dele com o carro.
Há cerca de 5 anos, depois de ficar sabendo da existência de um Camaro 73 parado em uma garagem na Ilha, Dilson foi atrás prá tentar arrematar a joia. Em vão. O então proprietário era daqueles que não quer nem conversa, o que o fez desanimar. Mas... Seis meses depois, quem foi atrás foi o antigo dono, e o negócio foi fechado. O carro estava parado havia 15 anos, pneus colados no chão e ainda portava placas amarelas. (Me fez lembrar até daquela história que eu postei aqui, que mostra dois Camaro 74 parados há anos e anos na mesma garagem.)
Saindo daquela situação, Dilson logo imaginou que resolveria facilmente a documentação, e a restauração seria a parte mais difícil. Prá sua surpresa, aconteceu exatamente o contrário. Foi um parto prá acertar tudo, visto que o último IPVA havia sido pago em 1985! Um ano antes da implementação do Renavam, ou seja, burocracia à vista. Depois de muito tentar, eis que tudo se acertou, num posto do interior de São Paulo. Prá completar, o Camaro passaria a exibir placas do seu ano de fabricação! Depois disso, foi só transferir pro Rio. Um esforço que valeu a pena.
Tinha bastante coisa a fazer, como a troca do parabrisa, a revisão minuciosa do motor e a caixa de transmissão automática, em que havia entrado água. A relativa facilidade com a restauração do veículo se deu pelo fato de que todas essas peças são ainda fabricadas nos Estados Unidos. Então, não tem muita dificuldade. De posse de um catálogo, sabe que dificilmente vai ficar na mão se precisar. O curioso é que o sobrearo cromado das rodas não foi encontrado nem lá, então depois de muito garimpo, foi comprado em São Paulo. Ironicamente, esse ano a peça voltou a ser produzida por lá!
Além do Camaro, Dilson conserva também um Fusca (azul, que aparece no fundo da segunda foto) e um Puma, ambos 1974, e volta e meia aparece em encontros e exposições.
Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.
Cada vez melhor seu blog. Mais uma vez, parabéns Matheus. Só faltou mesmo escutar o ronco desse
ResponderExcluir"V oitão".
ai, na minha garagem!
ResponderExcluirExistem carros, não importa o ano, que são apaixonantes. Este Camaro é um exemplo vivo disso. Aí vem um doido que bate o olho na preciosidade, gasta um troco, bota o bichinho prá rodar e ainda é obrigado, às vezes, a responder àquela célebre pergunta: QUER VENDER?
ResponderExcluirNooosssaaa...pirei..
ResponderExcluirIncrível!
ResponderExcluirFicou lindo nessa cor!!
ResponderExcluirDenoí Barcelos.Se esse camaro veio da Ilha do Governador, possivelmente foi do meu tio Pedro Carreiro Mancila, pois tinha um igualsinho, ano cor parte interna, ele já foi pro andar de cima. era dono Kelons malas e bouças a fabrica ainda existe até hoje fica na a venida Brasil (onde tem a favela com o mesmo nome.
ResponderExcluirEu vi esse carro rodando algumas vezes, na Ilha, inclusive uma delas em frente ao posto das fotos do Impala 1968 e do Maverick 1974.
ResponderExcluirSim, ele tem costume de lavar o carro naquele posto, só que na parte de baixo!
ExcluirInclusive na outra vez que tirei fotos dele, foi justamente lá que encontrei!
http://www.essevaleumafoto.com/2012/08/revisitando-chevrolet-camaro-1973.html