VW Karmann-Ghia

 Esse é mais um que eu só percebi caminhando pela calçada:

23/11/2021

A casa fica numa rua principal bem movimentada, por onde eu passo sempre de carro e quase nunca a pé, e nunca sequer desconfiei de nada. De perto, eu consegui ver. Será que eu já vi antes? Não tem como ter muita noção, vendo assim encapado.

Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.

Ford Maverick

 Mais das fotos perdidas:

12/05/2015

Tirei essa foto só pra constar, não consegui mais informações. Interessante o fato de ser um Maverick que ainda está com as calotas originais, em detrimento a tantas customizações e rodas esportivas comuns ao modelo.

Tijuca, Rio de Janeiro - RJ.

Adamo GTL 1980

Lamentavelmente, todos os Adamo que apareceram aqui (um GT e um GTM C2, e agora esse) estão em estado semelhante: há anos parados.

Quando olhei de longe, já sabia que tinha alguma coisa interessante debaixo daquela capa. Cheguei perto, olhei cada detalhe e fiz o que pude prá tirar as fotos. Confesso que no momento não tinha conseguido identificar qual era o modelo. "É um Miura", disse, convicto, o guardador de carros dali. Como tinha certeza absoluta que não era, rebati, dizendo que não sabia qual era, mas já havia eliminado a hipótese de um Miura. Ele insistiu, dando uma risada marota, como quem está convicto! Preferi dar outra risada, gritar um "valeu" e sair andando! 

Conversei ainda com outros seis passantes, entre moradores, trabalhadores e visitantes da praça. Todos disseram que o carro está ali há anos, tendo um deles dito que esse período já passa de vinte anos. Outro disse que uma moça dormia sempre dentro do carro (Isso talvez explique a presença de mochilas e roupas no interior). Entre verdades e mitos, sob essa capa jaz uma raridade da nossa indústria automobilística, inspirada na Ferrari 308 GT. Ou será que um dia vai ressuscitar?

Publiquei já fotos de um Puma GTE 78 que estava quase na mesma rua.

Botafogo, Rio de Janeiro - RJ.

Chevrolet Bel Air 1951

Continuando nessa mesma garagem! É uma pena que não dê pra ver perfeitamente as formas desse Chevy, que está coberto por uma capa protetora:

O clássico está calçado com rodas esportivas e para-choque não-original na cor do carro. Eu acho que o cromado dos para-choques dá um charme inigualável aos carros dessa época. Nesse caso a maioria dos cromados foram pintados na cor do carro. A forração interna, console central e volante "Walrod" também compõem a personalização. A julgar pela alavanca de marcha  no assoalho, é muito provável que tenha tido a mecânica original substituída por uma mais moderna, dos Opala. Essa carroceria é muito interessante e rara, dos primeiros anos em que somente a cupê sem coluna era chamada "Bel Air". Queria pra mim...

Rio de Janeiro - RJ.

NBM Jornada

Poucos conhecem o raro Jornada, mais um dos muitos carros nacionais feitos de fibra com base no Fusca. Foi produzido pela carioca NBM (Nasser Brasil Motores) entre 1985 e 1988 e desde então está fora do mercado. Conversível, vinha com teto de vinil ou o rígido, opcional. 

detalhe do emblema NBM (Nasser Brasil Motores)

Não foi possível tirar fotos mais detalhadas em virtude da capa que o cobria. Fiz o que pude. A traseira ficou visível, mas o visual da frente ficou prejudicado, pois havia uma corda prendendo a capa que impossibilitou que a grade aparecesse integralmente. De qualquer forma, é um registro e tanto. Não me lembro de ter visto outro desse antes. Gostei muito dessa cor.

Ilha do Governador, Rio de Janeiro - RJ.

Prospecto do Salão do Automóvel, de época:

No site "Antigos de Itaipu", há fotos de um Jornada que apareceu no encontro mensal, se não me engano de julho de 2009. Parece ser da mesma cor e tem teto rígido.

Aero Willys

Triste fim para mais um Aero Willys que aparece aqui... Parece que esse ainda se encontra em situação pior que o outro (clique AQUI para ver e comparar).

Confiram:

O coitado ocupa uma vaga de um estacionamento no centro da cidade do Rio de Janeiro já há algum tempo e chama a atenção somente dos mais ligados em carros. Discreto, parcialmente debaixo de uma capa protetora, ele vê o tempo passar.

Depois de muitas vezes passar e olhá-lo, decidi entrar e perguntar a algum funcionário se sabia da sua procedência. Fiquei sabendo que pertence ao dono do estabelecimento. Acrescentou, de prontidão, com um sorriso no rosto, que nem adiantava eu perguntar se ele vende: a resposta será terminantemente negativa. Não era a minha intenção, de qualquer forma.

Acaba que a cena dá tristeza, parece até um prisioneiro em sua cela.

Rio de Janeiro - RJ.